
Decca LPDX 260
1969
LP
1. a) Cantiga de Maestria (D. Dinis - Natália Correia / Carlos Paredes); b) Cantiga de Refrão (Vidal - Natália Correia / Carlos Paredes); c) Soneto (Luís de Camões / Carlos Paredes)
2. a) Sarabanda (Johann Sebastian Bach); b) Soneto (Sóror Violante do Céu)
3. a) Tema de Sonata (Wolfgang Amadeus Mozart); b) Lira (Tomás António Gonzaga)
4. a) «Maestoso» da Sonata Opus 111 (Ludwig van Beethoven); b) Soneto (Bocage)
5. a) Chopin (Robert Schumann); b) Purinha (António Nobre)
6. a) O Pequeno Pastor (Claude Debussy); b) E ao Longe, o Barco... (Camilo Pessanha)
7. a) Prelúdio (Carlos Paredes); b) Canção (António Botto)
8. Casa (David Mourão-Ferreira)
9. a) Pantomina (Carlos Paredes); b) A Senhora Maria Laranjo da Praia da Nazaré (Afonso Lopes Vieira)
10. Meu Amor, Meu Amor (José Carlos Ary dos Santos / Carlos Paredes)
José Carlos Ary dos Santos: voz
Carlos Paredes: guitarra, guitarra portuguesa
Cristina Lino Pimentel: piano
Disco projectado pela agência de publicidade Espiral, por ocasião do Natal de 1969, teve como principal protagonista José Carlos Ary dos Santos (1936-1984), que declama todos os poemas nele presentes. O objectivo era o de traçar um retrato da poesia portuguesa desde a Idade Média até à actualidade, fechando o disco precisamente com o poema "Meu Amor, Meu Amor", que Amália Rodrigues tornaria conhecido com música de Alain Oulman pouco depois. Os acompanhamentos ficaram a cargo de Carlos Paredes (1925-2004) e de Cristina Lino Pimentel (1908-2008), sendo que o primeiro destes executa excepcionalmente guitarra acústica nos poemas medievais e renascentistas agrupados na primeira faixa do disco. As faixas onde o autor de "Verdes Anos" participa foram, aliás, as únicas a serem transpostas para CD, o que aconteceu em 2003, na caixa "O Mundo Segundo Carlos Paredes - Integral 1958-1993".
8 comentários:
Muito interessante a capa! :)
Já agora, o grafismo do disco é da responsabilidade de Ricardo Tavares Greno, de Fausto Boavida e de Soares Rocha. Este disco teve uma reedição ainda em vinil, em 1971, com a mesma capa (segundo julgo).
Boas, vejo que tem uma fixação pelo ano de (19)69 ! Ora aqui está um registo muito interessante, com a colaboração do Carlos Paredes. Estou seguro que pouca gente conhece esta contribuição do Carlos Paredes. Felizmente, o integral de Carlos Paredes veio colocar alguma justiça nessa questão. Sou um admirador confesso de Carlos Paredes .
Um abraço
P.S. Já agora, a conferencia sobre o Cid correu bem ?
Olá Pedro! Pois, o ano de 1969 tem a ver com os 40 anos que entretanto decorreram. Penso que de facto é impossível alguém sentir-se português e não ser tocado profundamente pela música de Carlos Parede. É de uma beleza indescrítivel...
O único senão da caixa do Carlos Paredes foi precisamente só incluir as faixas onde ele participava - o que faz todo o sentido, claro, mas fez com que o resto do álbum continuasse na penumbra. Já agora, a edição que tem é esta ou a segunda?
PS: A comunicação sobre o Cid correu bem, e o colóquio em geral foi bem interessante. Abraço!
A edição que tenho é uma cópia, pois nem sempre se consegue comprar tudo original, por isso não lhe posso ser muito útil.
P.S. Sou dez anos mais novo ! :)
Amigo, penso que todo esse disco, para lá das 3 faixas reeditadas pela primeira vez na caixa do Paredes (voltará a ser possível um acordo assim, para o Zeca?), está agora compilado numa caixa do Ary dos Santos. Penso que se chama Palavras Ditas, como o disco dele. Pesquisa, que agora não tenho aqui mais dados à mão.
Abraço.
Eduardo, essa caixa tem apenas reportório gravado por Ary para a Sassetti, e como este disco é VC ficou de fora...
Seria de facto óptimo um acordo semelhante para a integral em caixa da obra do Zeca... e bem merecido...
Abraço grande!
Boa tarde!
Sou um feliz proprietário deste disco tão curioso desde ontem. ele há coisas..o que haveria de vir parar há mão eu que estou ligado ao vinil e á publicidade ..
Cumprimentos!
Enviar um comentário