segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Zip-Zip

Zip-Zip
Zip-Zip / Movieplay ZIP 2001 L
1969
LP

1. Zipfonia (Nuno Nazareth Fernandes) Orquestra Zip
2. Fonte de Água Vermelha (Hugo Maia de Loureiro) Hugo Maia de Loureiro
3. Steady (Tradicional) Intróito
4. Cantata para uma Velha Só (José Carlos Ary dos Santos / Nuno Nazareth Fernandes) Raul Solnado
5. Excerto do Concerto N.º 1 (Piotr Ilitch Tchaikovsky) Orquestra dir. António Victorino d'Almeida
6. I'll Not Marry at All (Tradicional) Efe 5
7. À Saída do Correio (António Cabral / Padre Fanhais) Padre Fanhais
8. Ixi Ami (Minha Terra) (Rui Mingas) Rui Mingas
9. Poema "Futebol" (Tóssan) Tóssan
10. Frère Souviens-Toi (José Barata Moura) José Barata Moura
11. Farrapo (José Froes Leitão) José Froes Leitão

Este disco marca o início da histórica editora Zip-Zip e tem também a particularidade de quase todas as canções nele presentes não terem sido regravadas pelos seus intérpretes. Mais ainda, este é também o único registo fonográfico do cantautor José Froes Leitão, e uma das raríssimas oportunidade de escutar o poeta Tóssan de viva voz, com um relato futebolístico em forma de poema. No caso dos grupos Efe 5 e Intróito, surgem aqui duas canções tradicionais norte-americanas, área que ambos os grupos abandonariam nas suas discografias em nome próprio mas que foram marcantes no seu percurso artístico. Raul Solnado interpreta uma canção cómica e bem conhecida da autoria da dupla Ary dos Santos / Nazareth Fernandes, "Cantata para uma Velha Só". Dos cantautores "consagrados", temos Francisco Fanhais (aqui ainda Padre) e José Barata Moura (com um tema em francês, caminho que continuaria no seu primeiro EP), e há ainda lugar para Hugo Maia de Loureiro (que em 1971 "quase" ganharia o Festival da Canção com a "Canção de Madrugar") e para o angolano Rui Mingas. Por último, António Victorino d'Almeida leva a música erudita ao "povo" e mostra que o "Concerto N.º 1", de Tchaikovsky, é afinal bem mais conhecido do que se julga. Um pedaço de história, portanto, neste ano em que se comemoram os 40 anos do programa televisivo "Zip-Zip", com três das personalidades mais carismáticas de sempre da RTP - Carlos Cruz, Fialho Gouveia e Raul Solnado - a abrirem brechas no regime e a anunciarem o 25 de Abril de 1974.

A capa e o logotipo do boneco são da autoria de Manuel Pires.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A Peça

Pop Five Music Incorporated
A Peça
Orfeu XYZ 140
1969
LP

Prelúdio:
1a. Overtüre [Pop Five Music Incorporated]
Acto I (Soft):
1b. Jesus, Alegria dos Homens (Johann Sebastian Bach - arranjo: Pop Five Music Incorporated)
2. Blackbird (John Lennon - Paul McCartney)
3. To Love Somebody (Barry Gibb - Maurice Gibb)
Acto II (Crescendo):
4. Medicated Goo (Steve Winwood)
5. Proud Mary [John Fogerty]
6. Mess Around [Ahmet Ertegun]
Acto III (Climax):
7. Hush [Joe South]
8. Fire (Jimi Hendrix)
9. Sour Milk Sea (George Harrison)
10. C'Mon Down To My Boat [Wes Farrell - Jerry Goldstein]
Finale (Histerical):
11. Can I Get a Witness [Eddie Holland - Lamont Dozier - Brian Holland]

Paulo Godinho: voz, guitarra, órgão hammond, piano, interjeições
Pi Vareta: voz, guitarra, guitarra baixo
Tozé Brito: voz, guitarra, guitarra baixo, fuzz
David Ferreira: voz, guitarra, órgão Hammond, piano, percussões
Álvaro Azevedo: bateria, percussões

Este trabalho tem várias características que o tornam um disco marcante na música nacional. Em primeiro lugar, é um dos três únicos LP's de pop rock editados por um grupo português na década de 1960 e o primeiro de uma formação não sediada em Lisboa. Depois, foi uma aposta arriscada de um editor que sempre se pautou pela diferença - Arnaldo Trindade - este acto de lançar para o mercado um álbum de pop rock nitidamente afastado das canções mais triviais, ainda para mais de um grupo que até então só tinha em carteira dois EP's (situação idêntica à da Filarmónica Fraude, aliás, que assinou contrato com a Philips numa altura em que a editora pretendia deitar cartas no pop rock nacional). De destacar, também, a ambição do grupo em conceber o álbum como se de uma peça teatral se tratasse, com as respectivas partes bem delineadas, o que também ficou presente no próprio grafismo do álbum, da responsabilidade do fotógrafo (e então piloto desportivo) João Paulo Sottomayor. Em último lugar, três dos músicos aqui presentes seguiram depois carreiras musicais de reconhecido valor e importância: Alvaro Azevedo, nos Arte & Ofício e Trabalhadores do Comércio; Paulo Godinho, como baixista em vários trabalhos marcantes da década de 1970, hoje a morar no Japão; e Tozé Brito, que passaria logo de seguida para o Quarteto 1111 e que dispensa quaisquer outras apresentações. Em termos do reportório gravado, não há aqui lugar para originais, mas as versões de temas dos Beatles, dos Bee Gees, de Jimi Hendrix, dos Traffic ou de Marvin Gaye são criativas o suficiente para quase fazer esquecer isso mesmo. Por outro lado, foi graças a esta tarimba que os Pop Five chegariam ao excelente conjunto de seis singles editados entre 1970 e 1972, construindo um reportório próprio que os colocava acima da grande maioria dos grupos nacionais e ao nível das formações britânicas de então. Em CD, a totalidade deste álbum encontra-se no duplo "Odisseia - Obra Completa 1968-1972".

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

La Poésie Portugaise de Nos Jours et de Toujours 2

Luís Cília
La Poésie Portugaise de Nos Jours et de Toujours 2
Moshé-Naïm MN - 10 005
1969
LP

1. Há-de Haver (José Saramago / Luís Cília)
2. O Menino da Sua Mãe (Fernando Pessoa / Luís Cília)
3. Boda Pagã (Francisco Delgado / Luís Cília)
4. Canção (Fernando Morgado / Luís Cília)
5. O Cavador (Guerra Junqueiro / Luís Cília)
6. Pátria (Afonso Duarte / Luís Cília)
7. Orfeu Rebelde (Miguel Torga / Luís Cília)
8. Carta a Ângela (Carlos de Oliveira / Luís Cília)
9. A Estrela (Carlos de Oliveira / Luís Cília)
10. O Viandante (Carlos de Oliveira / Luís Cília)
11. Há Lágrimas nos Teus Olhos (Carlos de Oliveira / Luís Cília)
12. Não Me Peçam Razões (José Saramago / Luís Cília)
13. Margem Esquerda (Urbano Tavares Rodrigues / Luís Cília)
14. Dies Irae (Miguel Torga / Luís Cília)

Luís Cília: voz, guitarra
François Rabbath: contrabaixo, arranjos

Terceiro álbum de Luís Cília e segundo do tríptico "La Poésie Portugaise de Nos Jours et de Toujours", é também aquele com menos instrumentação dessa série. Constituído unicamente por poesia contemporânea, uma das particularidades deste trabalho é a divulgação da poesia de José Saramago, nome que Luís Cília foi o primeiro a musicar. "Há-de Haver" é logo a faixa de abertura, e marca o tom elegíaco do disco, havendo ainda "Não Me Peçam Razões" do futuro Nobel. "O Cavador" e "Orfeu Rebelde" são dois belos retratos, mas o autor em destaque neste álbum é Carlos de Oliveira, com quatro poemas. Luís Cília foi, com efeito, o grande divulgador de muitos dos nomes mais importantes da poesia portuguesa através da música, chegando mais tarde a dedicar trabalhos inteiros a um só poeta. Com uma obra tão vasta, o que se lamenta é que a única reedição em CD que existe no mercado - uma colectânea desta série - tenha sido editada em França... "Malhas que o Império tece!"

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Contos Velhos, Rumos Novos

José Afonso
Contos Velhos, Rumos Novos
Orfeu STAT 004
1969
LP

1. Bailia (Airas Nunes / José Afonso)
2. Oh! Que Calma Vai Caindo (Popular Malpica, Beira Baixa)
3. São Macaio (Popular Faial, Açores)
4. Qualquer Dia (Fernando Miguel Bernardes / José Afonso)
5. Vai, Maria Vai (José Afonso)
6. Deus Te Salve, Rosa (Popular Trás-os-Montes)
7. Lá Vai Jeremias (Popular Malpica, Beira Baixa)
8. No Vale de Fuenteovejuna (Lope de Vega - versão moderna: Natália Correia / José Afonso)
9. Era de Noite e Levaram (Luís Andrade / José Afonso)
10. Já o Tempo se Habitua (José Afonso)
11. A Cidade (José Carlos Ary dos Santos / José Afonso)

José Afonso: voz
Rui Pato: guitarra, marimbas, harmónica
Luís Filipe Sousa Colaço: 2ª guitarra
José Fortunato: cavaquinho
Adácio Pestana: trompa
Teresa Paula Brito: voz

Segundo álbum de José Afonso para o selo Orfeu, de Arnaldo Trindade, aqui se reunem alguns dos lugares-chave da obra do músico. Por um lado, as canções tradicionais (quatro, neste caso, todas bem conhecidas e cujas leituras viriam a ser determinantes na geração de grupos de recolha que surgiria uma década depois); por outro, a adaptação de poemas medievais ou renascentistas ("Bailia" e "No Vale de Fuenteovejuna", embora Camões acabasse por ser o autor preferido de José Afonso e de quem musicaria três poemas); por outro ainda, a composição sobre poemas de autores contemporâneos ("Qualquer Dia", "Era de Noite e Levaram", com o seu texto de dénúncia directa, e o elegíaco "A Cidade") e, por último e o mais comum na sua carreira, os temas com letra e música de sua autoria ("Vai, Maria Vai", em dueto vocal com Teresa Paula Brito, e "Já o Tempo Se Habitua"). Se não bastasse este leque de excelentes composições, há ainda o omnipresente (nesta fase) Rui Pato, o guitarrista Luís Filipe Colaço (ex-Álamos, grupo pop rock de Coimbra) e Adácio Pestana (irmão mais novo de Duarte Pestana - autor da música "Angola É Nossa" - e tragicamente desaparecido na sequência de um acidente de automóvel em 2004). Que o tempo nunca se habitue a deixar passar ao lado obras deste calibre!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Jess & James

Jess & James
Jess & James
Palette MPB S-3290
1969
LP

1. Straight Man (Scott Bradford - Wando Lam)
2. Mrs. Davis (Wando Lam - Scott Bradford)
3. Perdition Again (Wando Lam - Scott Bradford)
4. Lip Service (Wando Lam - Scott Bradford)
5. A Passing Car (Scott Bradford / Wando Lam - Scott Bradford)
6. She's a Woman (John Lennon - Paul McCartney)
7. Skathing (Stu Martin - Wando Lam - Scott Bradford)
8. James Stuff (Wando Lam - Tony Lam)

Tony Lam: voz, guitarra baixo
Wando Lam: voz, guitarra
Scott Bradford: teclas
Stu Martin: bateria

Liderados pelos irmãos Tony e Wando Lam (nascidos no Porto, mas emigrantes na Bélgica e na Holanda desde a adolescência), os Jess & James são um dos maiores casos de sucesso de portugueses no estrangeiro. Com efeito, desde o início do grupo, em 1967, que temas como "Nothing But Love", "The End of Me", "Move" ou "Something for Nothing" fazem uma mistura arrasadora de soul e pop a que era impossível resistir, conquistando várias pistas de dança europeias. Chegados a 1969 com dois LP's já na carteira (além da experiência como Free Pop Electronic Concept), este terceiro álbum, homónimo, traz sete novos temas originais e uma versão dos Beatles ("She's a Woman", de 1964). A sonoridade geral está já mais madura, sendo que o psicadelismo que surgia nos dois primeiros LP's está aqui bem diluído e transformado num cocktail pesado que roça por vezes o funk. Como curiosidade, refira-se que o grupo venceu o Prémio da Crítica no II Festival Internacional da Canção de Barcelona, em Outubro de 1969, com o tema "A Passing Car", deste LP - mas representando a Inglaterra!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Epopeia

Filarmónica Fraude
Epopeia
Philips 841 407 PY
1969
LP

1. Epopeia (1ª Profecia) (António Pinho / Luís Linhares)
2. Na Ilha Virgem (António Pinho / Luís Linhares - sobre motivo popular)
3. Digo-Dai (António Avelar Pinho / Luís Linhares - sobre motivo popular)
4. Só Marinheiros e Escravos Se Afundam com a Nau (António Pinho / Luís Linhares)
5. Homenagem Póstuma (António Pinho / Luís Linhares - sobre motivo popular)
6. Por Vós (Desgostoso, Carrancudo e Magro) (António Pinho / Luís Linhares)
7. Centenário (António Pinho / Luís Linhares)
8. Sebastião Morreu! (António Pinho / Luís Linhares)
9. Epílogo (António Pinho / Luís Linhares)
10. Os Bem-Aventurados (António Pinho / Luís Linhares)
11. «25» (António Pinho / Luís Linhares)
12. 2.ª Profecia (Bandarra / Luís Linhares)

João José Brito: voz
António Antunes da Silva: voz, guitarra eléctrica, guitarra acústica
José João Parracho: voz, guitarra baixo
Luís Linhares: voz, órgão, piano
Júlio Patrocínio: voz, bateria
António Pinho: voz
Carlos Barata: voz
Zé da Cadela: bateria
Luís Moutinho: bateria
Jorge Machado: arranjos

[ficha técnica recolhida junto do grupo, uma vez que o LP não a contém]

Com produção de João Martins e de Luiz Villas-Boas e uma fabulosa capa de Lídia Martinez, "Epopeia" chegou ao mercado numa fase de mudanças na banda, em finais de 1969. Depois de dois brilhantes EP's, em que se atreveram a verter num cruzamento de folk e de pop rock o mal-estar português de uma forma inigualável, a possibilidade de gravar um álbum era algo que teriam de agarrar com unhas e dentes. De facto, este é o 3º LP de pop rock editado na década de 1960 em Portugal por um grupo nacional (depois das estreias do Conjunto João Paulo, em 1966, e dos Pop Five Music Incorporated, também de 1969), sendo que a discografia do género era feita maioritariamente em EP. Pegando na temática do Portugal das Descobertas e fazendo paralelismos mais ou menos subtis com o Portugal seu contemporâneo, composições como "Na Ilha Virgem", "Por Vós (Desgostoso, Carrancudo e Magro)" ou "Os Bem-Aventurados" mostravam que ser moderno podia (e devia) passar pela fusão das tradições. As letras de António Pinho (mais tarde na Banda do Casaco) eram já uma das pedras de toque do conjunto, sendo que apenas "2.ª Profecia" (com um começo a lembrar o melhor dark folk) não contava com texto seu mas sim do Bandarra, o "nosso" Nostradamus.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Retratos

Patxi Andión
Retratos
Movieplay S - 26.024
1969
LP

1. Rogelio (Patxi Andión)
2. La Zagala (Patxi Andión)
3. La Jacinta (Patxi Andión)
4. Canción Vieja (Patxi Andión)
5. Los Decorados (Patxi Andión)
6. El Pipo (Nana a un Perro Que Murió Solo) (Patxi Andión)
7. Nana a una Vieja Viuda del Mar (Patxi Andión)
8. Esteban (Patxi Andión)
9. El Vagabundo (Patxi Andión)
10. A Quien Corresponda (Patxi Andión)

Patxi Andión: voz
Carlos Montero: arranjos, direcção de orquestra

Pois é, as terras do fim do mundo podem ser onde um homem quiser. E Patxi Andión, quando se estreou no formato LP em 1969 com este "Retratos", foi contra vários valores instituídos e considerados intocáveis da sociedade espanhola de então. "Rogelio", "La Jacinta" ou "Nana a una Vieja Viuda del Mar" foram algumas das canções que conheceram mais divulgação e que mostravam um novo cantautor, com voz bem própria, o que os trabalhos seguintes confirmariam.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Carlos Portugal [2]

Carlos Portugal
Carlos Portugal [2]
Alvorada / Rádio Triunfo LP-S-50-58
1969
LP

1. Portugal Também Se Dança (Carlos Portugal)
2. Mensagem de Lisboa (Carlos Portugal)
3. A Rima do Lavrador (Carlos Portugal)
4. Canção à Póvoa (Carlos Portugal)
5. Lei de Rei (Carlos Portugal)
6. Passam Moças (Carlos Portugal)
7. O Visconde d'Aire (Carlos Portugal)
8. Mandei Dizer-te (Carlos Portugal)
9. Ó Jardineiro (Carlos Portugal)
10. Na Estrada P'rá Cidade (Carlos Portugal)
11. Canção de Ramiro (Carlos Portugal)
12. Minha Infância (Carlos Portugal)

Carlos Portugal: voz, guitarra
Pedro Osório: arranjos, direcção de orquestra
Sílvio Pleno: arranjos, direcção de orquestra

Depois de alguns EP's e de um curioso e prometedor 1º LP em 1968 - facto invulgar para a época - o músico viseense Carlos Portugal bisa no ano seguinte com este segundo e último LP. A sua obra não termina aqui, no entanto, continuando até inícios dos anos 70 em trabalhos que ora se aproximam dos cantautores ora do pop rock. Carlos Portugal é, sem dúvida, um nome a redescobrir.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Tudella Canta Música de Pedro Jordão

João Maria Tudella
Tudella Canta Música de Pedro Jordão
Decca SLPDX 515
1969
LP

1. Fuzilaram um Homem num País Distante (José Gomes Ferreira / Pedro Jordão)
2. Mãos de Luar (Maria do Carmo / Pedro Jordão)
3. Quero um Cavalo de Várias Cores (Reinaldo Ferreira / Pedro Jordão)
4. No Mar Sou Teu Amigo (Joaquim Pedro Gonçalves / Pedro Jordão)
5. Trilogia:
a) Irmão (Jorge Massada / Pedro Jordão)
b) A Sala (Ema Vicente / Pedro Jordão)
c) A História do Boi Cansado (Miguel Apolinário / Pedro Jordão)
6. Flor de Lapela (Reinaldo Ferreira / Pedro Jordão)
7. Liberdade (Manuel Alegre / Pedro Jordão)
8. Os Ratos (Manuel Alegre / Pedro Jordão)
9. Quando Ela Passa (Fernando Pessoa / Pedro Jordão)
10. Eu, Pássaro (João Fezas Vital / Pedro Jordão)
11. Pintor Louco (Rui Malhoa / Pedro Jordão)
12. Não a Despertem (Major Gonçalves Pedroso / Pedro Jordão)
13. A Tarde Vai Longe (Joaquim Pedro Gonçalves / Pedro Jordão)
14. Um Sossego Mais Largo (Reinaldo Ferreira / Pedro Jordão)

João Maria Tudella: voz
Jorge Machado: direcção de orquestra

É um facto que a história musical portuguesa não produziu muitos LP's de originais até 1974. No entanto, este "Tudella Canta Música de Pedro Jordão" é um exemplo maior da qualidade das excepções, já que mostra toda a força interpretativa do cantor ao serviço de um punhado de belos poemas, servido por uma eficaz orquestra dirigida por Jorge Machado. Nacional-cançonetismo? A sério? Grave, grave, é este disco não existir ainda em CD...

Início?

Ou de como há muitas maneiras de começar um blog. Hoje, começo por aqui - i.e, 1969. Bem-vindos!