sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Epopeia

Filarmónica Fraude
Epopeia
Philips 841 407 PY
1969
LP

1. Epopeia (1ª Profecia) (António Pinho / Luís Linhares)
2. Na Ilha Virgem (António Pinho / Luís Linhares - sobre motivo popular)
3. Digo-Dai (António Avelar Pinho / Luís Linhares - sobre motivo popular)
4. Só Marinheiros e Escravos Se Afundam com a Nau (António Pinho / Luís Linhares)
5. Homenagem Póstuma (António Pinho / Luís Linhares - sobre motivo popular)
6. Por Vós (Desgostoso, Carrancudo e Magro) (António Pinho / Luís Linhares)
7. Centenário (António Pinho / Luís Linhares)
8. Sebastião Morreu! (António Pinho / Luís Linhares)
9. Epílogo (António Pinho / Luís Linhares)
10. Os Bem-Aventurados (António Pinho / Luís Linhares)
11. «25» (António Pinho / Luís Linhares)
12. 2.ª Profecia (Bandarra / Luís Linhares)

João José Brito: voz
António Antunes da Silva: voz, guitarra eléctrica, guitarra acústica
José João Parracho: voz, guitarra baixo
Luís Linhares: voz, órgão, piano
Júlio Patrocínio: voz, bateria
António Pinho: voz
Carlos Barata: voz
Zé da Cadela: bateria
Luís Moutinho: bateria
Jorge Machado: arranjos

[ficha técnica recolhida junto do grupo, uma vez que o LP não a contém]

Com produção de João Martins e de Luiz Villas-Boas e uma fabulosa capa de Lídia Martinez, "Epopeia" chegou ao mercado numa fase de mudanças na banda, em finais de 1969. Depois de dois brilhantes EP's, em que se atreveram a verter num cruzamento de folk e de pop rock o mal-estar português de uma forma inigualável, a possibilidade de gravar um álbum era algo que teriam de agarrar com unhas e dentes. De facto, este é o 3º LP de pop rock editado na década de 1960 em Portugal por um grupo nacional (depois das estreias do Conjunto João Paulo, em 1966, e dos Pop Five Music Incorporated, também de 1969), sendo que a discografia do género era feita maioritariamente em EP. Pegando na temática do Portugal das Descobertas e fazendo paralelismos mais ou menos subtis com o Portugal seu contemporâneo, composições como "Na Ilha Virgem", "Por Vós (Desgostoso, Carrancudo e Magro)" ou "Os Bem-Aventurados" mostravam que ser moderno podia (e devia) passar pela fusão das tradições. As letras de António Pinho (mais tarde na Banda do Casaco) eram já uma das pedras de toque do conjunto, sendo que apenas "2.ª Profecia" (com um começo a lembrar o melhor dark folk) não contava com texto seu mas sim do Bandarra, o "nosso" Nostradamus.

5 comentários:

Rato disse...

Curioso o facto de estares a colocar albuns de 1969. Provavelmente pela mesma razão que eu também estou a reviver esse ano no blog do Rato: 40 anos é um número redondo, não é? Eu tinha 15 anitos e tu nem sequer eras nascido!
Se por acaso souberes o mês das edições coloca-o na ficha técnica, pois sempre é mais um elemento para situar o album. Este da FF por exemplo, penso que foi editado em Março.
E segundo notícias do LPA parece que lá para Outubro vamos ter direito finalmente à integral em CD.
Só mais uma sugestão: se puderes coloca umas imagens maiores das capas dos discos. E se também incluires as contra-capas ainda melhor.
Um abraço e boa-sorte para este novo blog.

Anónimo disse...

Quem gosta e cita "John Steinbeck" merece o meu mais sério respeito...
...êxito e felicidades!
Vou seguir este blog...


...ah... e já agora esse camarada aí.... um tal de Rato... não é exemplo pr ninguém... não percebe nada disto... comentário mais snob ...manias de bom...

Ganza

@ disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
bissaide disse...

Rato:

Pois, 1969, o "année érotique" do Gainsbourg... É o tal fascínio dos números redondos...

Optei por não pôr o mês, só no caso de ter a certeza do dia. Por exemplo, pelos dados que tenho este LP terá saído em Dezembro de 1969, mas agora falas em Março... Março creio que foi quando saiu o 1º EP, até por referência do Luís no seu blog.

A integral é aguardadíssima! São excelentes notícias!

Abraço, obrigado pelas tuas palavras!

bissaide disse...

Ganza:

Obrigado também pelas palavras simpáticas. Cá nos vamos encontrando então!